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Síndrome da Cabana, o medo de sair de casa

O isolamento social ainda é a maneira mais eficaz de se proteger contra o Covid-19 enquanto ainda não há vacinas nem remédios específicos para o tratamento. Porém, tanto tempo de reclusão pode gerar efeitos colaterais indesejados, como a Síndrome da Cabana. Mas o que é isso?

O conceito surgiu no início do século 20 por conta dos trabalhadores norte-americanos, que se refugiavam em suas cabanas quando o inverno chegava e, depois, ficavam com receio de voltar à vida normal quando o frio terminava. Troque frio por pandemia e o resultado é o mesmo. Mas, ao contrário do inverno daquele ano, a pandemia não terminou. No máximo, estabilizou-se em algumas regiões do país. Neste cenário, só de pensar em sair de casa e na abertura de shoppings, bares e do relaxamento do isolamento, o portador da síndrome se apavora e se angustia, manifestando até sintomas físicos como taquicardia, sudorese, tonturas, ansiedade, desconcentração, calafrios, frio na barriga etc. Mesmo sem uma ameaça imediata, não se sente mais seguro e protegido fora do lar.

É esse medo excessivo - ainda que justificado - que define a Síndrome da Cabana. Não se trata de uma doença ou de um transtorno mental, mas de um fenômeno natural que, diante das circunstâncias, também inspira cuidados psiquiátricos. Sim, é compreensível um nível de apreensão protetor necessário, mas se paralisa, é preocupante. Abandonar os demais cuidados com a saúde por medo, por exemplo, pode custar caro a longo prazo.

Não é que devamos sair e levar a vida normalmente, mas se precisarmos sair, que isso seja feito com todos os protocolos de segurança e proteção. Veja três dicas para administrar o problema:

1. Respeite seu tempo e seus limites. O mais importante é não desistir de quebrar a barreira do medo.

2. Tente sair de casa aos poucos e recompense cada progresso. Desde abrir a porta até dar alguns passos para fora e, com o tempo, chegar até a esquina. Persista enquanto se sentir confortável, senão volte e recomece sem pressa. Só de tentar já é um grande passo.

3. Lembre-se da vida lá fora e de tudo que você já viveu de bom. Não que seja possível reviver esses momentos agora, mas um dia será. Por enquanto, serve como estímulo para que seu cérebro diminua progressivamente a resposta do medo.

 

Busque ajuda profissional. A Síndrome da Cabana pode levar a quadros depressivos graves se não for tratada.

Fonte: Medical Site

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